Audiência pública para discutir o assunto foi realizada na noite dessa quarta
Por Redação da Folha - Somente o governador pode autorizar o funcionamento de uma unidade do corpo de bombeiro no Vale, ou seja, embora a necessidade urgente da região pelo serviço bombeirístico, tudo passa por uma decisão política. Em resumo, essas foram as palavras do major Saulo Laurentino, comandante do 4º Batalhão do Corpo de Bombeiro de Patos, durante audiência pública realizada na noite dessa quarta-feira, 22, em Itaporanga, conforme apurou a Folha (www.folhadovali.com.br).
Dizendo-se sem autonomia para, sequer, elaborar um projeto mostrando a viabilidade e a necessidade de uma unidade de bombeiros em Itaporanga, o major conclamou as pessoas a reivindicarem o pleito durante a plenária regional do orçamento no dia 8 de junho, como forma de sensibilizar o governador Ricardo Coutinho para o problema, embora o governo já conheça a realidade regional, faltando apenas cumprir suas obrigações.
Uma omissão que custou muitas vidas e muitos prejuízos materiais ao longo dos últimos 15 anos. Afogamentos, incêndios, corpos presos a ferragens e, principalmente, a iminência de uma grande tragédia: Itaporanga tem um dos maiores polos têstes da Paraíba, além de um vasto comércio, e, assim como outras cidades, promove grandes eventos públicos, a exemplo de São Pedro, emancipação política e Poeirão, tudo sem a necessária presença dos bombeiros. “Realmente fica muito difícil descolar uma equipe de Patos para essa região em virtude da distância, além do que nosso batalhão serve a mais de 40 municípios em uma vasta área, havendo necessidade de uma nova unidade”, comentou o oficial durante sua apresentação.
O major Saulo disse ainda que sua corporação está consciente da necessidade de uma unidade dos bombeiros em Itaporanga e que a cidade reúne todas as condições técnicas para receber o corpo de bombeiros. Primeiro por ser sede de uma regional geoadministrativa do estado e, depois, segundo ele também, polariza uma região.
De acordo com o comandante, mesmo que a curto prazo o Vale não receba uma unidade de bombeiros, há um projeto de lei para ser aprovada que estabelece um plano de desenvolvimento da corporação. O objetivo é a compactação territorial, ou seja, equiparar hierárquica e territoriamente as unidades do corpo de bombeiros às estruturas funcionais da Polícia Militar hoje espalhadas pelo estado. Com isso, Itaporanga, que tem um batalhão da PM, também receberia um batalhão de bombeiros, sendo instaladas companhias em Piancó e Conceição. Mas essa lei deverá demorar para ser votada e, mais ainda, para sair do papel.
Foto (Marcos Oliveira): major Saulo durante exposição.
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