Guimarães, árvore de bons frutos. IFPB Já
(Por TITICO PEDRO em 28-04-2013, do Itaporanga.net)
Há muito tempo ouço e escuto muito bem, de uma criatura de Deus, do finalzinho do século XIX, o ‘Major’ Abdon Leite Guimarães. Antes a patente era concedida a homens de bem, ainda nos idos passados, durante a monarquia implantada no Brasil, dado ao jugo de Portugal sobre nós brasileiros de imenso País continente. O Major Abdon Guimarães era um homem dotado as letras, tradição da família, lia e escrevia para o povo rude do grande município de Misericórdia com os seus distritos de Pedra do Fumo, São Boa Ventura, Brusca, São Paulo, São José de Caiana e Timbaúba.
Essa gente do passado, na maioria, procurava o Major Abdon Guimarães para escrever e ler as cartas vindas dos mais diversos recantos do sul de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas, refúgio dos que queriam melhor viver em plagas distantes ainda que fosse para a labuta na agricultura.
Um dos primeiros Tabeliães, que a memória consegue gravar, que fora nomeado para o mister, foi exatamente o Major Abdon. Não tenho presente, mas Misericórdia pertencia ainda ao termo judiciário de Pombal, que é também banhado pelo nosso gigante Rio Piancó que alimenta o maior açude público da Paraíba o ‘Coremas”, guardando, lógico, as devidas proporções.
Outros vieram mais tarde a exercer o quadro de auxiliares da Justiça a exemplo de Antônio Vital, Irineu Rodrigues, Hosmida Teódulo, Zu Silvino, Netinha de Sinhozinho Farias, Zé Barros, além dos oficiais de justiça Inocêncio Pereira, João Peroba, Manoel Alexandre, e mais recentemente Lucas Malaquias, Luiz Inácio, Zé Basílio, Teódula Vieira Fonseca, Antônio Moreno e outros mais.
Eu penso que os descendentes do Major Abdon são Édson Guimarães, Ranulfo Leite Guimarães, Mocinha, Olívia e Dazinha, esses os filhos do primeiro casamento que se acabou com a morte prematura da sua esposa que falecera em trabalhos de parto exatamente ao nascer essa última filha. Quão interessante é a “coincidência”’ acontecida com a mãe de Jesus, Antônio, Tereza Neuma e João Dehon, que sempre me vem à mente o desejo de buscar na memória retrospectiva do tempo passado e mais precisamente relatar o que sei de uma família que não tinha o vil metal que outros possuíam, mas que dá sinais de como é que isso acontece com facilidade nessa família Guimarães, tão rica em conhecimento, esses irmãos são todos formados a exemplo do Dr. Tonho de Dazinha, médico renomado em São Paulo, professor inclusive na famosa internacionalmente USP.
O Major Abdon, de tanto reconhecimento pelos seus préstimos ao município a época em que aqui esteve, recebeu a honra ‘in memoria’ e foi assim batizada a rua que tem o seu nome que inicia no cruzamento da Rua Horácio Gomes e salvo o engano até o cruzamento com a Rua Elvídio de Figueiredo, na BR para Conceição. Uma coisa que desperta a nossa reflexão, porque é difícil essas coisas acontecerem sempre, é que o Major ao enviuvar-se contraiu novo matrimônio com a sua cunhada, irmã da falecida consorte, e com esta ainda gerou mais Severino Leite Guimarães, Maroquinha Leite Procópio e Madalena Madá, casada com Zé Teódulo que era Delegado em décadas passadas no DF, sendo que a penúltima filha veio a deixar o nosso convívio, seguindo a Lei imutável e Divina do “ficar aqui por apenas um período suficiente e oportuno à aprendizagem e evolução”. E ainda há, na maioria, pessoas tantas que acreditam que a oportunidade da ressurreição dos corpos, impossível até pela ciência que abomina essa crença e tem razão, pela Justiça Divina, que nos cria a todos, sem exceção do progredir sempre e eternamente, pois, para tanto, o Cristo nos informa que o ‘Pai ainda hoje trabalha e ele próprio, também’. Que diremos nós que fomos criados num determinado tempo para toda a eternidade.
Dos filhos homens do Major Abdon conhecí apenas o ‘Dison’ exímio tocador de Tuba, ainda quando existia a Filarmônica 5 de Agosto criada pelo ex-prefeito Abraão Diniz. O Édson não enxergava, mas mesmo assim era um dos únicos que subia a torre da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, que ficou concluída para a festa de Centenário da Paróquia em 1960, cuja obra arquitetônica, muito bonita por sinal, teve a mão do grande Padre Zé. Duvido alguém que passe em Itaporanga e não guarde essa imagem na sua memória. E que beleza é no seu interior, um desejo feito por um casal estrangeiro, chama viva de um trabalho de bons pintores, pois bem, o técnico nato era quem concertava o relógio que ainda hoje serve a nós outros para orientação do tempo.
A penúltima filha a nascer foi a mesma que falecera por último, a saudosa Maroquinha que partiu agora em junho passado, deixando uma filha única que vem a ser a ex-primeira dama e mãe da ex-vice-Prefeita Wilza, no mandato passado, e avó da atual Vice-Prefeita, Mariz Procópio Rodrigues, esposa de Will Rodrigues, chama viva de uma liderança política despertada apenas em 1988, quando eleito Prefeito de Itaporanga ,que fez uma administração aplaudida até hoje, nunca se viu tanta inauguração de obras de cal e cimento. Também pudera, pertencia aos quadros do nosso partido PFL, hoje extinto.
A última filha que citei, pela ordem de chegada, na condição de alma por estar ligada ao corpo foi a dona Madá, casada com o Delegado de Polícia do DF, Zé Teódulo, tio do Dr. Adailton que foi Prefeito de Itaporanga entre 1969 e 1973.
A satisfação é poder constatar que um ponta de rama da família do Major Abdon vem a ser o saudoso Luiz Leite Guimarães, meu vizinho de propriedade no sítio Junco, pai do nosso Antônio Guimarães, cuja mamãe é jenipapo da tradicional família Inácio de Figueiredo.
Auriana que é Guimarães, casada com Airton Oliveira, que oportunizaram a vinda a esse mundo carnal quatro filhos, que os conheço e posso atestar serem todos ponta de rama da grande árvore genealógica ‘Leite Guimarães’, por serem netos de Antônio Guimarães, filho do saudoso Luiz. Todo esse relato para testemunhar uma família que não apresenta nenhum possuir de recursos materiais, muito embora possua inteligência e conhecimento.
Johnnys Guimarães, o primeiro menino, ainda com regular idade na UFCG, campus de Sousa-PB, para justificar a fértil inteligência já está estagiando na advocacia com regular inscrição na OAB/PB; Maico, vocacionado pelo futebol, é um bom jogador amador, deixou de lado essa aspiração para enfrentar um vestibular, depois de ter se afastado dos estudos escolares por uns três anos, decidiu e como que mostrando a galera estudiosa, se inscreveu e foi aprovado já para este semestre letivo, no curso de Assistência Social da UFCG, Campos de Sousa; Willyans já no campus da UFPB Areia, no curso de Engenharia Agronômica, salvo engano, ao completar os seus dezoito anos e por fim o ponta de rama de alguns anos na infantilidade, mas já desponta possui também inteligência.
Essa família é de poucos recursos e isso não retira em nenhum momento o nosso reconhecimento e mais uma prova dos que são os Guimarães. Família de grande brilho e interessante não se dedicaram a política desde o seu tronco, o Major Abdon que de certo tinha outros irmãos, que geraram além de outros o nosso colega Vicente de Paula Guimarães, Kakim, do Banco do Nordeste, filho do saudoso casal Pedro Guimarães, irmão de Luiz e dona ‘Bastinha’, pense num casal de muito carisma entre nós outros.
Parabéns aos Guimarães externado na criança de Aurina, o Airton Júnior. Imagine se os dias de hoje nos oferecesse as condições que outras regiões desse pequenino Estado têm em abundância. Êita quantos doutores já não havia concluído cursos superiores e profissionalizantes. Pense numa terrinha que tem de sobra filhos inteligentes, eu duvido que outras se igualem ao nosso pobre vale de lágrimas do Piancó. Entra governo, sai governo, e nenhum desses ainda dotaram o nosso torrão, muito embora a culpa seja toda nossa, todos vendáveis por uma sexta básica e uma vaga no coletivo que transporta doentes para se receitarem Paraíba adentro.
Meus Vereadores! 2014 já está praticamente presente. Não nos venham mais uma vez induzir a votar num qualquer. Vamos impor IFPB JÁ prá Itaporanga e UEPB prá Piancó. Assim vai e vocês com certeza serão bem aprovados e recompensados por nós todos. A AVEVAP diz a que veio também, para somar e lutar por isso.
Faz isso Vereador Presidente, Jaklino Porcino!
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