Por Lucas em 09/10/2008
Prezado Zebedeu!
Concordo, plenamente, com o que você escreveu! Os votos de legenda eu pressuponho terem sido, em quase toda sua totalidade, erro do votante, ou por não saber ler ou por má instrução, no uso da urna eletrônica. Digitaram a dezena que representava o candidato a prefeito, logo na primeira tela, atinente a vereador. Creio, mesmo, que muitos votos nulos para prefeito tenham acontecido em função desta troca. Isto serve de alerta para as próximas eleições! Dada a gama de analfabetos ainda existentes, necessária se faz uma melhor instrução, por parte dos interessados numa boa votação, principalmente dos TREs, da vida, visando às próximas eleições, por sinal, muito mais complexas.
Aproveitando o embalo, quero corrigir uma gafe que cometi na última matéria que escrevi. Quando a redigia, não me lembrei das normas eleitorais referentes a Segundo Turno. Inteligentemente, o TSE, visando minimizar seus gastos em eleições, estabeleceu o Segundo Turno, quando for o caso, apenas, para as cidades com mais de duzentos mil eleitores. Na matéria, eu escrevi hipóteses que poderiam gerar um segundo turno em Itaporanga. Fica o dito pelo não dito!
Mas, ainda, sobre o pleito em Itaporanga! Nunca vi tanta disparidade numa votação. Uma Coligação elege o prefeito com uma expressiva maioria e tem, para a Câmara de Vereadores, apenas 2.499 votos, enquanto as hostes derrotadas, para prefeito, tem mais de 6.000 para vereador, fazendo, inclusive 2/3 do colegiado. Isto ratifica o que venho a muito falando, não há Ideologia alguma, na maioria das cidades brasileiras. O indivíduo se candidata por Partido Tal, apenas para ter uma sigla eleitoral. Daí, surgem os mais diversos tipos de coligação, verdadeiras aberrações se fôssemos analisar do ponto de vista Ideológico. E os eleitores? Votam no filho do compadre, no afilhado do amigo, sem contar aqueles que têm o candidato como um time de futebol ou um partido azul numa festa de quermesse. Pouco importa se o cidadão a ser votado é um bom ou mau político, o pensamento é: “eu quero ganhar”. Dá-nos uma tristeza muito grande, ouvir um cidadão propalar blasfêmia, ao mesmo tempo política e religiosa: “a justiça de Deus foi feita, o bem venceu o mau” – que coisa triste! O deus de certas pessoas é tão fajuto quanto o de Marcelinho Carioca. Deus concedeu-lhe o gol, mas esqueceu-se do goleiro. Onde está a Onisciência Divina? É Deus pra um e para outro, não?
O Prefeito foi eleito! Espero e desejo que Ele faça uma boa administração e, sobretudo, cumpra o mandato em seus quatro anos, pois Ele recebeu a confiança de mais de 50% do eleitorado do município, relativamente em comparação ao eleitorado brasileiro, isto equivale a mais de 60 milhões de eleitores. Tenho esperança que não haja nestes dois anos, no meio do mandato, uma retirada porque vai se candidatar a outro cargo ou um afastamento por motivos de saúde ou coisa do tipo.
Quanto a Câmara de Vereadores, segundo o que regem os regimentos internos de grande maioria das diversas Câmaras espalhadas pelo País, o seu Presidente deve sair do Partido ou Coligação que obteve maior número de Cadeiras, em Itaporanga, da Coligação PMDB, PTB que obteve seis. E este mesmo colegiado deve ajudar o prefeito em sua administração, aprovando os projetos que forem de proveito para a Comuna, rejeitando aqueles que são, única e exclusivamente, de cunho eleitoreiro, sem serventia, portanto ao município e melhorando qualquer outro, em favor da população. Este é o papel fundamental de um Legislador. O Povo está de olho! Gradativamente, através dos meios de comunicação a Sociedade vai se instruindo e observando que o troca-troca eleitoreiro em favor de grupos familiares tem que se extinguir. A Internet, os Jornais, a Televisão, têm nos mostrado, vez por outra, a cassação de vereadores, prefeitos, com a ajuda da população, que não cumpriram suas obrigações eleitorais.
Quanto à bolsa de apostas, meu prezado Saulo, eu não creio que seu prognóstico se efetue agora. Sei que a tolerância para alguns vai ser difícil, mas a necessidade de uma espera se faz premente. Decorrido, então, determinado prazo sem que o pactuado aconteça, aí sim, a cisão será inevitável.
Um abraço
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